quinta-feira, 31 de março de 2011

Festival de Peixes de Água Doce

Ontem, excelentíssimo, eu e um casal de amigos fomos ao Festival de Peixes de Água Doce do Terra Madre. A noite prometia. Afinal, eu nunca tinha provado jacaré (é, ele estava no meio dos peixes, assim como o siri). Fiz algumas fotos, mas a iluminação e o ambiente (cof, cof, cof, cof) prejudicaram. Tá bom, o vinho ou os vinhos também contribuíram para a minha falta de destreza com a máquina.
O couvert foi composto de tartare de truta fresca, cuscuz paulista, tapioca de carne seca e caldinho de tacacá. O mais diferente foi o caldinho, com um sabor bem forte e que aqueceu a noite.
Um das entradas foi um carpaccio de surubim defumado com brotos e vinagrete de maracujá. Foi um dos melhores da noite. Adoro coisas defumadas e o maracujá foi o complemento ideal.
Outra entrada foi o Jacaré!!! Ele foi servido com leite de coco, favas verdes e azeite de dendê. Ao contrário do que pensei, a carne é bem suave e a textura é semelhante a um peixe mesmo. Olha o bicho aí:


O primeiro prato principal foi o pintado assado com vatapá e molho de siri. Confesso que o pintado me pareceu bem comunzão, mas o charme do prato ficou por conta do molho adocicado do siri. Muito bom!
Depois, veio o tambaqui com crosta de coco com ratatouille brasileiro e espuma de capim limão. A crosta de coco no peixe, que no formato parecia uma costelinha de porco, ficou divina e o ratatouille tinha até quiabo. Não senti muito o capim limão.
Em seguida, o pirarucu. Ele tem uma leve gordurinha que o deixa bem saboroso. Foi servido com dueto de palmito (mini palmitinho assado e um creme) em cima de um gel de mandioquinha.
Nos meus pouco mais de 30 anos, confesso que foram pouquíssimas vezes que comi peixe de água doce. Mas, a partir de agora vou valorizá-los mais. Como o sabor é muito mais forte que os do mar, acho que cai muito bem nos dias e noites mais frios de Curitiba.
E, para finalizar, a sobremesa: um mil folhas de cupuaçu (posso jurar que senti um leve saborzinho de hortelã...) e mousse de açaí com praliné de castanha de caju. Aquele ali no meio é um pedacinho de caju. Ô fruta aromática, né? Não gosto muito de açaí, mas com a castanha ficou muito melhor.


Para acompanhar o menu-degustação, fomos de vinhos da África do Sul: um Ken Forrester Petit Pinotage e um Fairview, também Pinotage. Não entendo de vinhos, mas o primeiro era bem leve, enquanto que o segundo "enchia" a boca.

terça-feira, 29 de março de 2011

A minha tarte tatin

Vamos a um pouco de história? Conta a lenda que a tarte tatin teria sido fruto de um erro culinário. Uma das irmãs Tatin, Stephanie, que cuidava do hotel Terminus em Lamotte-Beuvron, na região do Loire, acidentalmente tinha colocado as maçãs na torta antes de colocar a massa por baixo (será que ela estava apaixonada, por isso avoada? Com muitos problemas? Ou queria testar algo novo mesmo?) Na hora de servir, ela havia virado a torta e deu no que deu. Outra história conta que as irmãs Tatin apenas faziam excelentes tortas na região. Eu prefiro a primeira versão, mais romanceada. Mas, vamos à receita.
A base é a famosa patê sucrée. Está com pressa? Pode usar a massa folhada comprada pronta mesmo que também fica muito boa.

Ingredientes
250 g de farinha de trigo
85 g de açúcar de confeiteiro
1 ovo
125 g de manteiga em pomada
25 g de farinha de amêndoas (não é por nada não, mas esses dias fui comprar a farinha e ela estava mais cara do que as lâminas. Então, se vc tem um processador, compra as lâminhas - já sem pele - e processa que sai mais em conta)
1 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de extrato de baunilha (aquele meu que está escondido e sendo agitado um vez por semana, vai bem, obrigado, mas ainda não está pronto)
raspas de limão (não usei)

Bata a manteiga com o açúcar de confeiteiro. Adicione a farinha de amêndoas, o sal, a baunilha e o ovo até incorporar bem cada ingrediente. Junte a farinha de trigo sem mexer muito. O segredo desta massa e encostar o menos possível a mão por causa do calor delas. Forme uma bola e leve à geladeira por pelo menos uma hora.

As maçãs
Como eu usei meia receita que deu quatro tortinhas destas aí debaixo, usei apenas uma maçã cortada em cubinhos (descascada, por favor), uma colher de manteiga e açúcar (fui meio de olho, mas deu mais ou menos uma xícara). Deixei o açúcar caramelar. Qdo ele começou, adicionei as maçãs e ao final a manteiga.

Como fazer a torta
Disponha as maçãs carameladas em uma forma com fundo removível. Eu não untei, mas senti certa resistência nas laterais da forma. Abra a massa no formato da forma e coloque sobre as maçãs, apertando dos ladinhos para envolvê-las um pouco. Asse e ainda morna, vire a forma. Voilà!


Só tem um segredinho aí. Essa aí de cima é diet. Não tem nada de açúcar. Porque sim, eu adoro docinhos, mas não, não quero ficar fofinha. :)

sábado, 26 de março de 2011

Sobremesas diet

Fazer sobremesas fica muito fácil diante do desafio de fazer sobremesas diet. Primeiro, claro, por não poder usar o açúcar que empresta sabor, crocância e outras qualidades que os adoçantes não têm. Segundo, por causa do preconceito que as sobremesas diet ainda carregam. Eu adoro quando as pessoas experimentam algo diet que eu fiz e dizem: "Nossa, nem parece que é diet!" Esses aí de cima foram assim quando uma amiga experimentou. O da esquerda é o brigadeiro de colher com castanha do pará. Ao lado o copinho Prestígio, com creme de chocolate e coco e coco ralado. Imagino esses docinhos numa mesa de festa ou ainda como uma sobremesa do almoço de Páscoa, num recipiente de vidro que mostre as diferentes camadas. Hum, delícia! Sem falar da versatilidade! Outras opções seriam trocar a castanha e o coco por macadâmia, pistache, damasco, passas, cocadinha e por aí vai....

quinta-feira, 24 de março de 2011

Em clima de Páscoa

Bom dia! Deixa eu apresentar. Essa ai em cima é a Theodora. A simpática coelhinha que agora habita a porta da minha casa para lembrar que é Páscoa! Quem fez foi minha mãe. Isso não tem cara de mãe?!?!? Atentem ao detalhe: o blush que a deixa mais coradinha é de verdade! Não é um luxo?

terça-feira, 22 de março de 2011

Nem só de sobremesa....

Apesar de a-do-rar fazer coisinhas doces também cozinho salgados. Domingo, final de tarde, resolvo dar uma olhada no site da Folha, na editoria de Comida (óbvio!) e me deparo com um baita hambúrguer que tinha entre os seus ingredientes a cerveja!!! Veja aqui ó http://www1.folha.uol.com.br/comida/888907-no-st-patricks-day-prepare-hamburguer-com-cerveja-irlandesa.shtml
Mesmo no frio que estava, não tive dúvidas. Lá fui eu bela e faceira ao super. Não tinha a Guiness, então fui de Baden Baden Sout. Não sou super fã da bebida, mas gosto de coisas diferentes e essa me agradou. Também me lembrei da ocasião que estive em Campos do Jordão e fui no Baden Baden (o bar/restaurante) e lá comi uma truta com amêndoas di-vi-na! Ah! Minhas reminiscências....
No fazer a receita coloquei um tanto a mais de catchup. Não façam isso! O amargor da cerveja (que tomamos com o prato) deixa o hambúrguer mais docinho ainda. Eu gosto de coisas agridoces, mas confesso que não deveria ter exagerado no ingrediente. Em vez de fritar as batatas, as cozinhei de leve e terminei por assá-las com azeite de oliva e tomilho fresco.
Para quem quiser experimentar, segundo a Baden Baden, este "modelo" de cerveja é autenticamente irlandês, possui uma coloração negra e aroma de café e chocolate. A espuma é cremosa; o corpo, intenso e o amargor, elevado e persistente. Eu aprovei e ela já foi eleita a minha cerveja do inverno (sem "merchan" rsrsrs)

Tá servido?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Boa semana!

Eu acho que você nunca deve perder a oportunidade de colocar o sorriso no rosto de alguém. Por isso aprontei isso aí em cima. Marido perguntou o que aqueles dois ovos estavam fazendo meio amontoados em cima dos outros. Eu tinha exagerado na compra e eles não couberam nos lugares disponíveis.
Então, inspirada em uma imagem semelhante que tinha visto na Web há tempos, resolvi "dar vida" a eles. Notaram o ar de preocupação dos "amiguinhos ovos" que estão embaixo?!?!? Gostaram? Hum, acho que até vi um sorrisinho no seu rosto, não?
Boa semana!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Menu Pascal ou Gulodices de Páscoa

O chocolate sempre foi um grande desafio pra mim. Nas aulas de chocolaterie com o chef Laurent Grolleau (aliás tem uma ótima entrevista com ele aqui http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/conteudo.phtml?tl=1&id=1105853&tit=O-maestro-dos-doces), eu ficava maravilhada com a facilidade com que ele trabalhava com este ingrediente. Também adoro o trabalho do Diego Lozano (dá uma olhada nas coisas que ele cria. É de babar http://www.diegolozano.com.br/criacoes.html).
E como Páscoa é chocolate resolvi incorporá-lo em algumas das minhas gulodices. São fudges, colomba, cookies temáticos e as cacau bars (adaptação de uma receita americana). Dá uma conferida.

Cacau bar. São barrinhas de biscoito, chocolate e em duas versões: a "kids" com cobertura com confeitos coloridos e a "gente grande" com gotas de chocolate. Vêm em simpáticos pacotinhos com cerca de 200g. Cada pacotinho sai por R$ 15 e o pedido mínimo é de três embalagens.  
Que tal mais de perto? Estas com gotas de chocolate e ainda sem o acabamento em chocolate branco.
Cookies temáticos em versão chocolate e baunilha com gotas de chocolate. A embalagem vêm com cinco cookies diversos (cenourinha, ovo e coelhinho) cobertos com glacê. Cada caixinha custa R$ 8 e o pedido mínimo é de cinco embalagens. Se houver interesse podemos estudar uma embalagem maior, por que não?

Colomba (na foto, sem a cobertura de chocolate). Diz a lenda que o rei Lombardo Alboino desistiu de uma vingança em tempos de guerra depois que ganhou uma colomba de um padeiro de Pavia. Na Itália, no café da manhã da Páscoa este seria o pão compartilhado entre a família. Cada colomba tem mais ou menos 650g, é de chocolate com gotas de chocolate e cobertura de chocolate e custa R$ 20. O pedido mínimo é de duas colombas. Tem também os fudges (que podem ser vistos na aba gulodices acima). 
As encomendas podem ser feitas até o dia 13 de abril! :)

Feliz Páscoa!

Estes aí acima são alguns dos cookies que estou preparando para a Páscoa. Em breve, coloco aqui o "cardápio" para a ocasião. :)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Cozinhas dos sonhos

Além de blogs e sites de gastronomia, adoro os de decoração. Quando tem cozinha então...
Abaixo algumas para vocês sonharem junto comigo.


Estas são daqui http://www.theestateofthings.com/

Deu uma olhada nos talheres pendurados? Achei um charme!

Estas são do meu blog preferido http://www.desiretoinspire.net/



Estas do http://www.countryliving.com/
E aí? Sonharam um pouquinho?
Boa semana!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Em Floripa

Comi mais do que deveria - como sempre - e fotografei menos do que prometi em Floripa. Abaixo algumas sobremesas que degustamos:

Esta foi a surpresa da viagem. O que era para ser uma simples banana caramelada servida no hotel surpreendeu. Flambada no Cointreau (infelizmente não na nossa frente), ela tinha um caramelo feito com açúcar mascavo que estava di-vi-no! Nota 10!


Sempre que vamos a Florianópolis passamos na Confeitaria Chuvisco, que tem várias lojas. Não estou fazendo propaganda aqui, mas ela se destaca principalmente pelas opções sem açúcar - e agora com opções sem lactose - que oferece. Esse aí da foto era o Mousse Creme de Nozes Light, feito com um creme de leite condensado com nozes e marshmallow - tudo sem açúcar. O espressinho com leite também estava bom. Minha mãe se deliciou com o potinho. Eu, particularmente achei demasiadamente doce. Nota 7,5 (não é em tudo que se acerta!).



Desculpa aí, mas lembrei de fotografar quando já tinha dado algumas garfadas. Por isso, ela já está meio detonadinha. rsrsr Esta é a torta Itamaraty Light (sem açúcar). Era um pão de ló com doce de damasco, doce de leite, doce de ameixa, cocada e cobertura de marshmallow. Apesar de tudo isso, ela não era enjoativa. Acho que o damasco e a ameixa quebraram um pouco o doce. Eu não gosto muito de marshmallow - prefiro o chantilly. Mas, no geral leva uma nota 8,5.

Essa foi a torta da minha irmã. Como ela, era a Moça Faceira. A massa era de chocolate, com creme de leite condensado, brigadeiro, raspas de chocolate, calda de chocolate e morangos. Essa levava açúcar e estava muito boa e nada muito doce. Nota 8,5!

Também peguei algumas sugestões dos Destemperados (http://www.destemperados.com.br/), mas não levei sorte. Como reservamos o domingo para visitar outros lugares levamos duas portas na cara. A primeira foi do Restaurante Patagônia. Apesar de no site eles informarem que abriam no domingo para almoço, chegando lá havia um recado - numa folha de papel bem feinha por sinal - informando que abriam somente de segunda a sábado para almoço. É bom atualizar o site!!!!
No caso do O Padeiro de Sevilha fomos dar uma olhada porque já estávamos no Centro, mas também estava fechado (só abre de segunda a sábado). Ficamos só na vontade dos cookies e bolinhos de chuva. Fica para a próxima!

sexta-feira, 4 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

À procura da broa perfeita

Parafraseando aquela música - "à procura da batida perfeita" -, eu sigo à procura da broa perfeita. Mas, detalhe, a broa perfeita para o excelentíssimo já que eu particularmente nem gosto tanto de broa. Eu, ou melhor, ele queria uma broinha mais compacta e que desmanchasse na boca. A receita que segue abaixo é bem boa, bem aquelas de panificadora mesmo - levou nota 9 do excelentíssimo -, mas ainda não é "a broa".
Segue a receita, adaptada um tanto daqui http://come-se.blogspot.com/2007/09/broinhas-de-fub-broinhas-de-cuit.html



Broinha de fubá
2 xícaras de fubá de milho amarelo (ou branco)
1,5 xícara de polvilho doce *se vc comer ainda quente pode sentir o crocantezinho que o polvilho dá
3,5 xícaras de leite
1 xícara de açúcar - substitui por 4 colheres de sopa de adoçante em pó próprio para forno e fogão
½ xícara de óleo
1 colher (sopa) de erva-doce
½ colher (chá) de sal
5 ovos pequenos
1 colher (sopa) de fermento em pó
Fubá (para polvilhar)
* Por conta e risco, adicionei 1 colher de chá de canela em pó.

Peneire juntos o fubá e o polvilho. Reserve.
Coloque numa panela com o leite, o açúcar, o óleo, a erva-doce e o sal. Leve ao fogo e cozinhe, sem parar de mexer, até formar um mingau que desgrude de panela.
Depois de frio, leve à batedeira e acrescente os ovos já mexidos e continue a bater. Junte o fermento em pó e bata mais um pouco.
Coloque um pouco de fubá dentro de uma xícara e coloque uma colher (sopa) da massa dentro dela. Agora, chacoalhe. Vc vai formar a bolinha. Nem tente enrolar com as mãos porque a massa fica bem mole.
Leve para assar. No meu forno - a 190º - demorou cerca de 20 minutos.

Para cozinhar, ouvi isso aqui. Achei essa música muuuito fofa http://cults.bandcamp.com/track/go-outside